segunda-feira, 15 de junho de 2020

EVOLUÇÃO ESPECULATIVA

Vastatosaurus rex (King Kong 2005)

Olá a todos! Cinco anos após o meu último post, estou de volta ao blog, a pedido de várias pessoas. 

Desde então, posso dizer que incursei (de novo) nos répteis, ou seja, mantenho várias espécies de pequenos/médios animais escamados, como companhia. Sobretudo geckos leopardo. Mas, claramente, as aranhas e tarântulas continuam também a fazer parte desse “pequeno” zoo.
Menos esperado talvez seja o facto de ser atualmente também um autor e ilustrador de banda desenhada, com duas obras publicadas e outras tantas antologias em que participei, por publicar. “Congo” é a saga de bd na qual tenho apostado tudo, falarei acerca desta no futuro mas, resumindo muito, retrato a história de uma expedição portuguesa aos confins da África Central, em finais do século XIX, onde os homens liderados pelo renomeado explorador e major Afonso Ferreira, se deparam com horrores primitivos e criaturas vorazes, que os aguardam nas sombras.
Certamente falarei mais acerca da obra, se assim o desejarem, de futuro. Mas posso já informar que, um dos temas retratados, é o que vos trago hoje: evolução especulativa.



Kasai rex (Congo)

A evolução especulativa está muitas vezes lado a lado com outros tipos de pseudo-ciência, como a criptozoologia. Basta imaginarmos como seriam certos animais, extintos há milhões de anos, nos dias de hoje. Levemos em conta os famosos dinossauros do final do período Cretáceo, como o Tyrannosaurus ou o Majungasaurus, dois predadores de topo nos seus respetivos ecossistemas. Caso a extinção não tivesse ocorrido e não houvessem alterações climáticas de maior, nos últimos 65 milhões de anos, podemos assumir seguramente que ambos estes predadores teriam evoluído para animais ainda mais imponentes e ferozes e, os dinossauros, continuariam no topo da cadeia alimentar. Nós, humanos, certamente não existiríamos, pois os nossos antepassados nunca teriam oportunidade de evoluírem para animais com um intelecto semelhante ao nosso. E também é seguro admitir que nenhum animal evoluiria para algo semelhante a um humano. Relembro que as espécies mais bem sucedidas não têm como base um grande poder intelectual, mas sim uma grande capacidade de adaptação. Embora sejamos mais inteligentes que qualquer dinossauro, o nosso reinado no topo da cadeia alimentar não passa de um “pestanejar” ao lado do tempo que eles dominaram a Terra. 

Dito isto, também existem casos de animais que pouco mudaram, desde o Mesozóico, como os artrópodes ou os crocodilos. É seguro dizer que estes últimos apenas se tornaram menores desde então, de forma a se adaptarem melhor ao ambiente em constante mudança. Além de que os níveis de oxigénio atuais não permitem aos artrópodes crescerem aos enormes tamanhos que atingiam no período Carbonífero. Estes animais, embora extremamente primitivos, estão muito bem adaptados, com vários tipos de venenos, vários tamanhos e mecanismos de defesa impensáveis. É seguro assumir que os artrópodes continuarão a proliferar mesmo muito depois de nós já não estarmos aqui, o que me leva a abranger outro lado da evolução especulativa, o da especulação. 
Agora que falei acerca do passado, pretendo focar-me no presente e futuro.
Seria possível um dinossauro sobreviver até aos dias de hoje, num local recôndito do planeta? Para responder de forma breve: não. Não, mas... todas as aves de hoje evoluíram dos dinossauros mais pequenos, cobertos de penas. Apenas se adaptaram à vida no ar, ao contrário dos seus antepassados, que terão feito a sua vida perto do solo. De qualquer forma, não é possível um animal de grandes proporções ter sobrevivido até aos dias de hoje, sem que haja uma vasta população do mesmo. É seguro assumir que os seres humanos nunca terão interagido com nenhum destes animais, o que torna as histórias que misturam ambos, muito interessantes, visto que se tratam de histórias puramente ficcionais e especulativas, fazendo-nos imaginar o tipo de interação que teríamos perante estes animais primitivos.



Vinheta de “Congo - No Caminho das Trevas”

Dougal Dixon foi um dos pioneiros nos livros ilustrados de evolução especulativa, retratando inclusive a evolução da nossa própria espécie. A obra “Man After Man” é certamente uma das suas mais controversas. Retrata as várias vias evolutivas que o ser humano poderia tomar. Talvez uma das mais conhecidas seja a evolução conjunta com a tecnologia que desenvolvemos, tornando-nos, de certa forma, cyborgs. Embora bastante possível, prefiro falar acerca da evolução biológica, o que fará com que reveja brevemente o nosso passado. O ser humano, no início, era coberto de pêlo, com uma estrutura corporal e facial muito semelhante à de alguns primatas de hoje. Os maxilares eram robustos para conseguir mastigar raízes e carne crua. O corpo musculado por definição ajudava também a defender os primeiros homens dos vários animais imponentes com quem partilhavam o ecossistema, ajudando a subir às árvores ou atirar pedras. De seguida, o intelecto permitiu com que o homem desenvolvesse ferramentas que o ajudaram na caça, fazendo-o rapidamente subir para o topo da cadeia alimentar. A descoberta do fogo também ajudou a cozinhar a carne, tornando-a mais fácil de mastigar, fazendo com que o maxilar começasse, desde então a diminuir de tamanho. No geral, o homem tornou-se mais esguio, alto, e com um cérebro inigualável. E se continuarmos essa evolução, segundo as tendências que o ser humano tem aprimorado? Talvez uma imagem aqui ajude:




Evolução especulativa do homem

Creio que a aparência sugere um aspeto alienígena, quase. Pelo menos o que nós cremos ser um alienígena. Esta matéria é altamente especulativa, dentro do que já por si é especulação, mas e se os supostos aliens que “conhecemos” forem, na verdade, nós, com milhões de anos de evolução?

Quer se acredite ou não neste lado supostamente mais paranormal, é um facto que muitos avistamentos de objetos não-identificados são reportados todos os anos, algo será. Embora pareça reboscado, existe uma teoria de que esses ovnis e os seres lá dentro somos nós próprios (pelo menos a nossa espécie), após milhões de anos de evolução num suposto outro planeta e, após, também, a descoberta de como viajar no tempo. Parece um conceito tirado de um filme de ficção científica mas, após me debater acerca dele durante anos, parece-me até bastante credível. Certamente o planeta Terra ficará inabitável para nós em poucos anos, mas isso não significa que a espécie tenha de padecer. Por agora, tudo isso é especulação mas o certo é que, em teoria, não é impossível, sobretudo a parte de que no futuro o homem será mais alto, esguio, com a face mais achatada, sem pêlo e com uns olhos maiores. 

Este é um tema muito complexo e daria para escrever vários livros acerca dele, pensei que regressar ao blog com algum conteúdo novo poderia ser refrescante e interessante. Espero que tenham gostado, aguardo os vossos comentários.


Todas as ilustrações concebidas por mim.



quinta-feira, 3 de setembro de 2015

TARÂNTULAS EM CATIVEIRO

Grammostola pulchripes



Tarântulas em cativeiro. Um assunto muito falado e ao mesmo tempo pouco falado também. Porquê? Passo a explicar:
Como já referi várias vezes, as Tarântulas são seres vivos que já existem no planeta Terra há 350 milhões de anos, o que significa que estão perfeitamente adaptadas para vida nos seu meio, tal afirmação é inegável. São animais independentes e geralmente recusam qualquer contacto, inclusive com membros da mesma espécie. 
O ser humano, Homo Sapiens, existe há 10.000 anos e, desde então, tem sentido a necessidade de domesticar e "colectar" outros animais, os cães são um exemplo disso, teve ínicio na domesticação intensiva de Canídeos como o Lobo, hoje em dia temos cães de todas as formas e feitios, foi uma forma que a espécie teve de se adaptar, de sobreviver, aliás, até há 10.000 anos atrás era tudo o que essa espécie fazia, sobreviver, enquanto hoje em dia têm todo o conforto que não necessitam para sobreviver, mas sim para viver, tudo com origem numa questão de sobrevivência.
Mas os cães, tal como os outros mamíferos são seres inteligentes, muitos inclusive capazes de expressar sentimentos e emoções, algo perfeitamente inconcebível para qualquer artrópode, mas a sobrevivência não é nem nunca foi uma questão de inteligência, mas sim uma questão de adaptação, a espécie que se adapta melhor, sobrevive.
Os aracnídeos, como as Tarântulas no geral são animais com com uma capacidade de adaptação ao meio em que se encontram fora do comum, com a necessidade apenas de se alimentar, acasalar e se defender, como a maioria dos seres neste Planeta. São animais que vivem por instinto, capazes de viver numa toca com 30/50 cm de profundidade toda a sua vida (20-30 anos) se esta assim o permitir. 
Retirar animais do seu habitat não é de todo algo correto, mas muitas vezes a sobrevivência da espécie depende disso. Tal como o ser humano destrói o habitat de muitas espécies, pondo-as em vias de extinção, tenta de certa forma redimir-se com as várias tentativas de que a espécie sobreviva e deixe descendentes para continuar o seu legado.
Infelizmente, a curiosidade do ser humano já levou a continua a levar muitas espécies á extinção, no caso das Tarântulas é um pouco diferente. O mais correto da nossa parte seria, por exemplo, fazer duas Tarântulas acasalarem, libertar o macho para que continue a passar o seu legado, visto que sempre viveu no seu habitat, libertar a fêmea após esta pôr os ovos e, aí sim, são seres nascidos em cativeiro, estão ali por intervenção humana, e, visto que são seres com instintos básicos, não necessitaram mais de meio metro de espaço se tiverem alimento, fonte de hidratação e forem permitidos a deixar descendência.
A desflorestação está a matar milhares de espécies todos os dias, inclusive espécies de Tarântulas e essa é uma forma de as salvar, de lhes dar essa continuidade. Mas a captura intensiva das mesmas também as pode por em vias de extinção, o mercado está cheio de espécies capturadas directamente do seu habitat e vendidas por preços ridiculamente baixos, como se de um animal não se tratasse (não me tomem como hipócrita com esta afirmação, tenho Tarântulas, a maioria de cativeiro mas algumas são apanhadas do seu habitat, estão disponíveis no mercado e não há forma de retornarem ao local onde nasceram, se não fosse eu, alguém as ía ter, e estando comigo eu tenho plena noção de que lhes posso garantir um resto de vida talvez não genuinamente mas sim minimamente saudável e "feliz" a todos os níveis).
Sou plenamente contra a captura de Tarântulas do seu habitat mas a verdade é que sem essas, não haveriam as de cativeiro.
Qual é o uso de de se terem Tarântulas em casa? Bem, pergunto-vos então porque têm cães, por exemplo, a maioria das pessoas quando adquire um cão não está certamente a pensar que esse animal precisará da pessoa para sobreviver, mas sim porque é o mais bonito ou porque vai proteger a casa e perguntem-se se isso não será um pouco egoísta da vossa parte, é um animal, não um instrumento que podem simplesmente usar e mandar fora quando vos apetecer e, respondendo à pergunta, tenho Tarântulas sobretudo para as estudar porque todas elas me fascinam e não as tenho porque são bonitas ou para me protegerem a casa, e antes de adquirir seja qual for tenho plena noção que a este ponto essa Tarântula é u m ser que vai precisar da minha intervenção para sobreviver, isso não é egoísta, é um contributo a nível científico e sobretudo é olhá-las como o ser vivo que são e não tendo as possibilidades de as deixar no local onde nasceram, provavelmente a 100.000 km daqui, cuido delas como sei e garanto-lhes que têm uma vida saudável e longa.

Este post serviu mais como uma questão de política correta mas espero ter ensinado algo a quem o ler, estarei de volta em breve.

domingo, 2 de agosto de 2015

7ª BATARIA | FILME | TARÂNTULAS GIGANTES



Bom dia!

Aqui deixo o último projecto no qual tive o prazer de participar como actor principal, corretor científico, fornecedor das Tarântulas e de toda uma variedade de adereços.

Espero que gostem!

sábado, 1 de agosto de 2015

TARÂNTULAS - FACTOS E TABUS

Acanthoscurria geniculata

Ephebus murinus

Grammostola pulchra

Lasiodora parahybana

Theraphosa stirmi

Xenesthis immanis

Brachypelma smithi

Hysterocrates sp.

Grammostola porteri (baby)

Pelinobius muticus

Grammostola porteri (Kika)



Bom dia! 
Há já bastante tempo que não vinha aqui ao Blog, mas hoje pretendo mudar isso, tal como pretendo também falar-vos um pouco sobre as Tarântulas e o Hobby de criá-las como animais de estimação no geral e, se possível, mudar-vos um pouco a maneira de ver estes maravilhosos seres temidos pela maioria da sociedade.
Para começar, nas imagens acima podemos observar diversas espécies de Tarântulas, algumas delas meus animais de estimação. Generalizemos:



As Tarântulas são aracnídeos que já levam 350 milhões de anos de existência neste planeta, como tal estão bastante mais preparadas para a vida na Terra que nós, seres humanos, e milhares de outros animais.


Começaram por ser animais enormes, no período Carbonífero da história da terra, embora não haja propriamente evidência concreta que suporte este facto, sabes-se que muito outros artrópodes atingiam proporções inclusive maiores que um ser humano, daí suspeitar-se fortemente que estes seres no passado poderiam ter atingido tamanhos bastantes superiores, não só pela abundância de alimento como pelo facto dos níveis de Oxigénio serem bastante superiores aos actuais.
No inicio todas viviam no solo, onde construíam as suas tocas e esperavam pacientemente por presas, como ainda fazem hoje em dia, mas à medida que o tempo foi passando, algumas dessas presas tornaram-se aéreas, e as ditas Tarântulas tiveram necessidade de subir para as árvores e encolher para poderem elaborar autênticas obras primas de seda, que acabariam por capturar os insectos de uma forma bastante eficaz, sem a necessidade do animal em si entrar em confronto com o próprio alimento.
Hoje em dia, as Tarântulas continuam a ser animais fascinares, quer pela cor, comportamento, tamanho...
No século passado algumas pessoas começaram a vê-las como óptimos animais de estimação, não fazem barulho, não sujam e vivem durante bastante tempo.
Pelo facto dos requisitos para se ter um animal destes serem tão básicos, muitas como as Brachypelma smithi (famosas pelos vários filmes em que entraram, ex.: Indiana Jones and The Raiders of the Lost Ark) foram exportadas até serem quase aniquiladas do seu ambiente natural e, hoje em dia, acredita-se que existam bastantes mais dentro do Hobby do que no México, de onde é originária. De certa forma esta espécie não correu o risco de extinção, apenas de ser aniquilada do seu habitat natural, e esta é a verdade com mais espécies hoje em dia, ex.: Poecilotheria metallica (bastante famosa pelas suas cores azul e amarelo fortes).
Chegámos a ponto no Hobby em que a exportação já não faz sentido, nunca fez pelo menos em grandes números, mas estamos num ponto e que facilmente podemos arranjar Tarântulas a criadores ou, quem tem a experiência suficiente, fazer a sua própria criação.
No geral as Tarântulas são animais que se adaptam bastante facilmente ao meio onde estão inseridas, apenas necessitam de um terrário espaçoso, alimento abundante mas não em excesso (alimento em excesso pode fazer com que elas fiquem obesas e se prendam durante a muda de pele podendo daí resultar uma situação fatal) uma fonte de água fresca sempre disponível e um decor onde possam mexer à sua livre vontade e escavar o que quiserem, são seres com comportamentos bastante peculiares e imprevisíveis. 
Falando de uma forma menos generalizada agora, temos dois grupos principais de Tarântulas, as New World (Americanas) e as Old World (resto do mundo).
As New World caracterizam-se por terem pêlos urticantes, serem as maiores do mundo, serem mais calmas, terem veneno fraco e, no geral, serem as mais compradas pelos amantes de Tarântulas.
As Old World caracterizam-se mais pelas colorações fortes, veneno também forte, pela rapidez e pela agressividade.
As Grammostola sp. (New Wrold) são das mais famosas por geralmente serem calmas e atingirem tamanhos grandes (até 22cm), e nas fotos acima podemos observar duas Grammostola porteri, mãe e filha, a filha actualmente com 1 ano de idade, pouco maior do que está nessa foto (e como ela mais 150 irmãs) e a mãe com 5 anos de idade, adulta, esteve um ano dentro do terrário após a separação que teve dos filhos. Ficou bastante agressiva mas, agora um ano mais tarde voltou a ficar calma, de fácil de manusear, se bem que eu não tenho por norma recomendar o manuseamento de nenhuma Tarântula, tanto ela pode cair e ser fatal ou pode tornar-se agressiva de um momento para o outro e uma picada de uma Tarântula Old World pode trazer alguma complicações, mas não é fatal.



Se me questionarem se quero mudar a imagem das Tarântulas para as pessoas no geral eu diria que sim, mas não posso negar que são animais imprevisíveis e até um cão ou um gato são perigosos quando ficam agressivos, daí o meu aviso, o que não invalida de todas as Tarântulas serem seres maravilhosos e interessantes, apenas não apreciam contacto humano, nenhum contacto sequer, daí eu não encorajar o manuseamento. Mas caso se manuseie convém ter a supervisão de alguém que perceba minimamente do assunto e que conheça bem a Tarântula em questão.


E não se esqueçam que antes de adquirir seja que espécie for deve ser feita bastante pesquisa sobre o animal pois apesar de haverem grandes possibilidades do animal ser de cativeiro, ainda tem e sempre terá os seus instintos naturais, nem 300 milhões de anos de evolução podem suprimir isso de um animal.



Com este post espero ter quebrado alguns tabus em relação a um dos seres mais magníficos do planeta, fiquem atentos, irei ficar bastante mais activo aqui no Blog a partir de agora!






terça-feira, 25 de novembro de 2014

JURASSIC WORLD


Finalmente, depois de 13 anos de espera infernal chega-nos o espectacular primeiro trailer do quarto filme da saga "Jurassic Park" intitulado de "Jurassic World"!

O filme tem como protagonista Chris Pratt ("Guardiões da Galáxia") e personagem secundária Bryce Dallas Howard ("Homem Aranha 3") e tem como cenário principal a infame Isla Nublar.

A acção decorre 22 anos depois do desastre que se deu no parque inicial, com os dinossauros todos recapturados e inclusive alguns novos. Neste filme termos algo novo, um novo dinossauro, o primeiro híbrido, chamado de Diabolus rex que causará o caos no parque e não só. Neste filme Raptors e T-Rex combaterão a principal ameaça, em vez de a serem eles próprios.

Pelo que o trailer demonstra haverão muitas mortes, muita acção, muito suspense, cenários espectaculares e dinossauros absolutamente incríveis, o essencial para tornar este filme num clássico como os anteriores, pelo menos a fama já tem sem qualquer dúvida!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

AS MINHAS T'S :)

Kika - Grammostola rosea
Jessy - Haplopelma lividum
Tina - Hysterocrates gigas
 
Vicky - Avicularia avicularia
Paky - Eucratoscelus pachypus



Boa tarde, peço desculpa pela péssima qualidade das fotos mas já havia prometido há muito postar aqui fotos das minhas T's e não podia adiar mais.
Estou a planear em fazer-lhes uma photoshoot um dia destes.
Não sei bem quais não tinha ainda mencionado aqui no Blog mas, a minha última aquisição foi esta Quarta-Feira uma Eucratoscelus pachypus.
Espero que gostem pessoal, vou tentar ficar mais activo aqui no Blog.
Até à próxima ;)

domingo, 17 de novembro de 2013

A TARÂNTULA GIGANTE DA AMAZÓNIA


Olá pessoal, hoje venho aqui contar uma história sucedida em 1919 na Amazónia... mete Tarântulas gigantes...

Em Março de 1919, um entusiasta na exploração de locais desconhecidos Norte Americano chamado Charles Robertson, organizou uma expedição a um local totalmente interdito na Floresta Amazónica.
Robertson era também conhecido pelas suas magnificas fotos, inclusive já havia ganho vários prémios. 
No dia 24 Robertson e a sua equipa partiram de barco. Não se sabe com certeza quem foi com ele, calcula-se que não terão ido mais de 4 pessoas.
À chegada sabe-se que ele e a sua equipa partiram com 2 guias em direcção à densa floresta.
Andaram quase dois dias até chegarem ao local, Robertson descreve no seu diário que o calor era insuportável, havia mosquitos e sanguessugas por toda a parte, as noites eram terríveis, um dos membros da equipa adoeceu e outro ficou louco. Montaram um pequeno acampamento numa parte mais aberta da floresta e lá descansaram enquanto Robertson tirava fotos.
Havia um tradutor no grupo, que entendia o que os guias diziam, infelizmente para a equipa esse era o que estava louco. Era já de noite quando o tradutor sai da tenda aos gritos que algo lhe mordeu.
Robertson e a equipa corre em socorro dele e quando os guias se deparam com a mordedura que o tradutor tinha no braço entram em estado de choque. Robertson descreve uma situação muito intensa pois aquilo tudo gerou uma grande confusão, inclusive um dos guias abandonou-os.
A luz era muito fraca e o guia que ficou explicou que o tradutor do grupo foi mordido por uma Aranha. Foi muito complicado perceber pois o tradutor mal falava com as dores.
Olhando bem para os buracos enormes que ele tinha no braço ninguém diria que tinha sido qualquer tipo de artrópode a mordê-lo, afirma Robertson, mas visto que estavam em território inexplorado tinham de estar prontos para tudo.
Ao amanhecer o grupo continuou a andar, o tradutor estava cada vez pior, já lhe havia passado o estado de choque mas as dores eram cada vez mais intensas e estavam a atrasar bastante o grupo.
Ao fim de uns 700 metros decidem que têm de parar e Robertson aproveita para montar a sua câmara e tirar algumas fotos. São descritas coisas quase ridículas, Centopeias de metro e meio, Aves gigantescas e extremamente barulhentas e coisas deste género. 
Quando Robertson volta para junto da equipa não vê nem o guia nem o tradutor, tinham abandonado o grupo. Agora, Robertson está com os que sobram (um número indeterminado de pessoas mas calcula-se que sejam três).
Não tarda a ficar escuro e as reservas de alimento e água não são muitas, visto que o guia tinha roubado uma mochila cheia de mantimentos. Ficaram ali especados e sem conseguirem dormir.
A selva era muito densa e confusa para eles tentarem sequer voltar para trás, deduziram que iam morrer ali.
Ao amanhecer, eles andam mais um pouco, até chegarem perto de um rio. Robertson descreve que a fome já se fazia sentir e que às vezes conseguia avistar frutas, mas estavam muito altas para sequer tentar lá chegar.
Entretanto um dos membros, que já havia adoecido, desmaiou mas Robertson conseguiu acordá-lo com ajuda. Foi um daqueles momentos que fez com que a pouca esperança que restava subisse um pouco.
Deviam ser umas três da tarde quando Robertson decide desviar-se um pouco dos membros da equipa para tirar umas fotos. Descreve que até marcou o caminho para não se perder.
Chegou a um riacho muito rasteiro, onde o cenário era um tanto perturbador, várias carcaças de diferentes tipos de animais estavam espalhadas, era como se algo tivesse sugado parcialmente o corpo e tivesse deixado apenas as partes mais duras. De repente umas folhas um pouco mais ao fundo começam-se a mexer. Certamente era um animal que lá estava e estava perto. Robertson decidiu aproximar-se cautelosamente e montar a câmara. Descreve que teve medo pois de certeza que era o predador que havia morto aqueles animais, não sabia bem o que esperar. Diz que, ao aproximar-se viu como que umas patas enormes e felpudas a saírem lentamente por de detrás da folhagem, como se o detectasse ali, como se ele fosse a presa. Quando o animal saiu por completo, Robertson descreve que todas as forças que ele tinha se iam indo abaixo, como se todo o seu mundo fosse abalado e demorou-lhe uns segundos a acreditar no que estava a ver. Descreveu uma enorme Tarântula, com um tamanho absurdo, dando-lhe sem qualquer dúvida mais de um metro de envergadura.
Conseguiu tirar-lhe fotos pois ela estava mexer-se muito devagar, como se fosse o predador a caminhar muito cautelosamente até a sua presa. A foto acima é a que se consegue ver melhor o animal sem dúvida, nas outras quase não se vê pois ela estava numa zona de penumbra, escondida da luz.
Robertson descreve que a Tarântula caminhou até que parou por um bocado e voltou lentamente para a densa folhagem para nunca mais ser vista.
Ele descreve que provavelmente a Tarântula não tinha fome pois, se ela quisesse, teria o caçado muito provavelmente.
Nenhum dos membros realmente acredita na história de Robertson, até que conseguem encontrar uma pequena aldeia depois de andarem um bom bocado, onde reparam nos desenhos de Tarântulas e outros seres enormes que os aldeões fazem na madeira. Foram bem recebidos nessa aldeia mas, em menos de 2 dias, mais de metade dos aldeões encontrava-se gravemente doente devido ao facto de nunca terem contactado com nenhum ser humano civilizado antes. Foi aí que os relatos pararam.
Supõe-se que tenham sido decapitados. Supõe-se também que os aldeões acabaram por morrer todos.
Uns anos depois, em 1923, a câmara e o diário de Robertson foram as únicas coisas encontradas do mesmo. Apenas o guia que fugiu primeiro sobreviveu. Dois esqueletos chegaram a ser encontrados e supõe-se que pertencem ao segundo guia e ao tradutor que foi mordido.
As fotos e o diário de Robertson são basicamente tudo o que restou daquela aventura incrível, e pudemos agradecer esse facto, pois temos uma foto que prova a existência de Tarântulas enormes na Amazónia e pudemos deixar de considerar isso um mito, pois tal não faz muito sentido.

Até à próxima e cuidado com o que tomam por ridículo, pode-se vir a revelar verídico e tornar os vosso medos mais profundos reais...