domingo, 17 de novembro de 2013

A TARÂNTULA GIGANTE DA AMAZÓNIA


Olá pessoal, hoje venho aqui contar uma história sucedida em 1919 na Amazónia... mete Tarântulas gigantes...

Em Março de 1919, um entusiasta na exploração de locais desconhecidos Norte Americano chamado Charles Robertson, organizou uma expedição a um local totalmente interdito na Floresta Amazónica.
Robertson era também conhecido pelas suas magnificas fotos, inclusive já havia ganho vários prémios. 
No dia 24 Robertson e a sua equipa partiram de barco. Não se sabe com certeza quem foi com ele, calcula-se que não terão ido mais de 4 pessoas.
À chegada sabe-se que ele e a sua equipa partiram com 2 guias em direcção à densa floresta.
Andaram quase dois dias até chegarem ao local, Robertson descreve no seu diário que o calor era insuportável, havia mosquitos e sanguessugas por toda a parte, as noites eram terríveis, um dos membros da equipa adoeceu e outro ficou louco. Montaram um pequeno acampamento numa parte mais aberta da floresta e lá descansaram enquanto Robertson tirava fotos.
Havia um tradutor no grupo, que entendia o que os guias diziam, infelizmente para a equipa esse era o que estava louco. Era já de noite quando o tradutor sai da tenda aos gritos que algo lhe mordeu.
Robertson e a equipa corre em socorro dele e quando os guias se deparam com a mordedura que o tradutor tinha no braço entram em estado de choque. Robertson descreve uma situação muito intensa pois aquilo tudo gerou uma grande confusão, inclusive um dos guias abandonou-os.
A luz era muito fraca e o guia que ficou explicou que o tradutor do grupo foi mordido por uma Aranha. Foi muito complicado perceber pois o tradutor mal falava com as dores.
Olhando bem para os buracos enormes que ele tinha no braço ninguém diria que tinha sido qualquer tipo de artrópode a mordê-lo, afirma Robertson, mas visto que estavam em território inexplorado tinham de estar prontos para tudo.
Ao amanhecer o grupo continuou a andar, o tradutor estava cada vez pior, já lhe havia passado o estado de choque mas as dores eram cada vez mais intensas e estavam a atrasar bastante o grupo.
Ao fim de uns 700 metros decidem que têm de parar e Robertson aproveita para montar a sua câmara e tirar algumas fotos. São descritas coisas quase ridículas, Centopeias de metro e meio, Aves gigantescas e extremamente barulhentas e coisas deste género. 
Quando Robertson volta para junto da equipa não vê nem o guia nem o tradutor, tinham abandonado o grupo. Agora, Robertson está com os que sobram (um número indeterminado de pessoas mas calcula-se que sejam três).
Não tarda a ficar escuro e as reservas de alimento e água não são muitas, visto que o guia tinha roubado uma mochila cheia de mantimentos. Ficaram ali especados e sem conseguirem dormir.
A selva era muito densa e confusa para eles tentarem sequer voltar para trás, deduziram que iam morrer ali.
Ao amanhecer, eles andam mais um pouco, até chegarem perto de um rio. Robertson descreve que a fome já se fazia sentir e que às vezes conseguia avistar frutas, mas estavam muito altas para sequer tentar lá chegar.
Entretanto um dos membros, que já havia adoecido, desmaiou mas Robertson conseguiu acordá-lo com ajuda. Foi um daqueles momentos que fez com que a pouca esperança que restava subisse um pouco.
Deviam ser umas três da tarde quando Robertson decide desviar-se um pouco dos membros da equipa para tirar umas fotos. Descreve que até marcou o caminho para não se perder.
Chegou a um riacho muito rasteiro, onde o cenário era um tanto perturbador, várias carcaças de diferentes tipos de animais estavam espalhadas, era como se algo tivesse sugado parcialmente o corpo e tivesse deixado apenas as partes mais duras. De repente umas folhas um pouco mais ao fundo começam-se a mexer. Certamente era um animal que lá estava e estava perto. Robertson decidiu aproximar-se cautelosamente e montar a câmara. Descreve que teve medo pois de certeza que era o predador que havia morto aqueles animais, não sabia bem o que esperar. Diz que, ao aproximar-se viu como que umas patas enormes e felpudas a saírem lentamente por de detrás da folhagem, como se o detectasse ali, como se ele fosse a presa. Quando o animal saiu por completo, Robertson descreve que todas as forças que ele tinha se iam indo abaixo, como se todo o seu mundo fosse abalado e demorou-lhe uns segundos a acreditar no que estava a ver. Descreveu uma enorme Tarântula, com um tamanho absurdo, dando-lhe sem qualquer dúvida mais de um metro de envergadura.
Conseguiu tirar-lhe fotos pois ela estava mexer-se muito devagar, como se fosse o predador a caminhar muito cautelosamente até a sua presa. A foto acima é a que se consegue ver melhor o animal sem dúvida, nas outras quase não se vê pois ela estava numa zona de penumbra, escondida da luz.
Robertson descreve que a Tarântula caminhou até que parou por um bocado e voltou lentamente para a densa folhagem para nunca mais ser vista.
Ele descreve que provavelmente a Tarântula não tinha fome pois, se ela quisesse, teria o caçado muito provavelmente.
Nenhum dos membros realmente acredita na história de Robertson, até que conseguem encontrar uma pequena aldeia depois de andarem um bom bocado, onde reparam nos desenhos de Tarântulas e outros seres enormes que os aldeões fazem na madeira. Foram bem recebidos nessa aldeia mas, em menos de 2 dias, mais de metade dos aldeões encontrava-se gravemente doente devido ao facto de nunca terem contactado com nenhum ser humano civilizado antes. Foi aí que os relatos pararam.
Supõe-se que tenham sido decapitados. Supõe-se também que os aldeões acabaram por morrer todos.
Uns anos depois, em 1923, a câmara e o diário de Robertson foram as únicas coisas encontradas do mesmo. Apenas o guia que fugiu primeiro sobreviveu. Dois esqueletos chegaram a ser encontrados e supõe-se que pertencem ao segundo guia e ao tradutor que foi mordido.
As fotos e o diário de Robertson são basicamente tudo o que restou daquela aventura incrível, e pudemos agradecer esse facto, pois temos uma foto que prova a existência de Tarântulas enormes na Amazónia e pudemos deixar de considerar isso um mito, pois tal não faz muito sentido.

Até à próxima e cuidado com o que tomam por ridículo, pode-se vir a revelar verídico e tornar os vosso medos mais profundos reais...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

HAPLOPELMA LIVIDUM & HYSTEROCRATES GIGAS


Olá malta, já não vinha aqui há muito como de costume. 
Desta vez vim-vos comunicar as minhas duas mais recentes aquisições, uma Haplopelma lividum e uma Hysterocrates gigas. São Tarântulas consideradas muito agressivas, sobretudo a Lividum.
As razões para eu não meter fotos das minhas é simplesmente porque não estou a escrever este post em casa e porque as fotos que tirei não estão muito boas, mas eu depois coloco aqui fotos delas.
Começando pela Lividum, é uma T para criadores com uma certa experiência já. Não necessita um terrário com muito espaço. Requer temperaturas que vão dos 25º aos 32º, logo é um animal que gosta muito de calor. Tal como já referi é uma T muito agressiva e não deve em circunstância nenhuma ser manuseada, pois apresenta um veneno potente. Em adultas apresentam uma cor azul linda, daí serem uma espécie tão cobiçada entre os criadores. Não cresce muito mais de 13 cm, é uma T de tamanho médio.
A Gigas é uma T que já não requer tantos cuidados. O terrário deve conter muito substrato e deve ser um terrário grande, pois ela atinge facilmente os 20 cm, o que é enorme! É uma escavadora nata, construindo túneis espectaculares. As temperaturas devem rondar os 24º - 28º, uma lampada de aquecimento de Infra-Vermelhos* fará o trabalho (isto conta para as duas T's). Uma T grande requer alimento grande, Baratas e Zophobas quando chega a um tamanho considerável é o melhor.
Isto é o básico que há a saber sobre ambas as T's.

*A lâmpada de aquecimento de Infra-Vermelhos deve ser colocada a uma distância segura ao animal e deve ser usada como fonte de calor constante. Nesta altura do ano se a temperatura dentro do terrário rondar os 26º-27º é perfeito, muito mais do que isso constantemente pode ser perigoso, tal como muito menos do que isso também.

Até ao próximo post ;)